O NOVO FILME DO ATOR WILL SMITH TENTA DIALOGAR COM A MORTE, O AMOR E O TEMPO.

O filme tinha tudo para dar certo. Um elenco de primeira linha, dinheiro e um astro cheio de vontade de acertar de novo. Mas o filme se perde na proposta desde o princípio. A ideia do roteiro (Allan Loeb) é até que original.
Conta a história de Howard (Will Smith), um cara que alcançou o sucesso profissional e está quase pondo tudo a perder por conta de uma depressão profunda após perder para o câncer a filha única de seis anos.
Então os sócios e colegas mais chegados descobrem que Howard, apesar de mal abrir a boca, escreve cartas simbólicas para a morte, o tempo e o amor. Aí a turma de publicitários (Edward Norton, Kate Winslet e Michael Peña) tem a brilhante ideia de contratar três atores de teatro (Helen Mirren, Keira Knightley e Jacob Latimore) para representar esses personagens e responder essas cartas pessoalmente simulando que Howard está alucinando e, portanto, incapaz de gerir sua própria empresa.
No elenco eu destacaria Edward Norton e Kate Winslet. Os únicos que parecem saber o que estão fazendo lá.
A direção de David Frankel (Marley e eu, O Diabo veste Prada) se perde na intenção (será que havia alguma ?) do roteiro.
Pra começar a história é situada em Nova Iorque na véspera do natal. Já achei apelativo aquele cenário cheio de luzinhas para um cara com depressão. Também não fica clara se a intenção dos colegas é ajuda-lo a sair da depressão ou a de salvar a empresa e por consequência a própria pele.
As cenas de Smith com a morte, o amor e o tempo são super inverossímeis. Poderiam até ter sido mais elaboradas e com alguma intenção. Porém não convencem nem ao próprio personagem.
Agora, o pior mesmo é a relação de Howard com a ex mulher. Mas essa eu não conto pra não dar spoiler, Mas prepare-se. É tão ridícula a intenção de tentar emocionar que você sai do cinema se perguntado se aquilo era sério mesmo. E aposto que tem gente que vai se debulhar em lágrimas na sala do cinema. É a famosa técnica apelidada por mim de “pega trouxa”.
Ao final as questões não fecham e a relação entre os personagens fica faltando um pedaço.
Uma pena. Um desperdício de tempo e dinheiro. Faz tempo que Smith não acerta. Vamos torcer pelo próximo projeto.
O filme estréia dia 26 de janeiro.

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