Baseado em uma história real o filme fala da luta de três mulheres fortes pela igualdade.
Mais um filme americano exaltando os americanos. Nada de errado, vale ressaltar. O cinema na terra do Tio Sam vasculha os heróis anônimos e nos apresenta suas histórias inspiradoras e maravilhosas.
Aqui as três mulheres negras e nerds que na década de 50 se destacaram na NASA é a base para o roteiro e direção de Theodore Melfi.
Katherine Johnson (Taraji P. Henson) foi uma dessas mulheres que junto com as amigas Dorothy (Octavia Spencer) e Mary (Janelle Monáe) enfrentou todo o tipo de preconceito para vencer em um universo predominantemente machista, branco e rico.
As três amigas foram galgando seu espaço na NASA porque não baixaram a cabeça, rejeitaram o status de dona de casa, não admitiram desrespeito ao seu trabalho e não se cansaram de provar que sua capacidade profissional poderia ser (e era!) melhor do que a de muitos homens brancos colegas de profissão. Destaque para Kevin Costner que faz o diretor do primeiro projeto rumo à corrida espacial, Kirsten Dunst como a chefe racista e Jim Parsons como o colega invejoso e menos competente.
A direção do filme é linear e sem grandes novidades. Chega a ser até sem graça e tem cenas dispensáveis e até forçadas, como a do diretor Al Harrison martelando as portas dos banheiros femininos e declarando que o uso é agora para todas as mulheres independente da cor da pele. Melfi até pegou leve quando exemplifica o que era ser negro e buscar destaque em uma sociedade que ainda sofria com as segregações. Poderia ter sido mais duro, mas escolheu focar na história e não na História. O filme vai ser destaque esse ano na temporada de premiações, mas não porque é assim um grande filme, mas porque fala dos americanos para os americanos. E foi indicado ao Oscar de melhor filme.
Achei comum, nada demais. Porém não é um filme ruim. É um filme comum com uma história extraordinária que merecia, assim como tantas outras, ser contada.
A estréia está prevista para o dia 2 de fevereiro.
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