Combate Intensivo à Dengue no DF
Combate Intensivo à Dengue no DF

O Governo do Distrito Federal (GDF) está agindo para conter a propagação da dengue. A Secretaria de Saúde (SES-DF) passou a promover medidas preventivas robustas diante do atual cenário epidemiológico nacional, em busca da redução de casos e a prevenção de óbitos relacionados às arboviroses, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

Assim. a SES-DF está concentrando esforços em diversas frentes, desde o reforço nos estoques de insumos até o fortalecimento da assistência e vigilância. A estratégia inclui a ampliação das ações de vigilância ambiental em áreas consideradas endêmicas. O objetivo central é envolver a população, e conscientizar sobre a importância de adotar práticas preventivas, pois a prevenção é a melhor arma contra o mosquito transmissor.

Redução no DF, mas aumento no número de casos no Brasil

Mesmo com uma redução significativa de 53% nos casos de dengue no Distrito Federal neste ano, conforme dados do último boletim epidemiológico, é crucial considerar o contexto nacional. O Brasil registrou cerca de 1,6 milhão de casos prováveis de janeiro a novembro de 2023, representando um aumento de 15,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A chefe da Assessoria de Mobilização Institucional e Social para Prevenção de Endemias da SES-DF, Cristina Soares Campelo, destaca a sazonalidade da dengue na capital federal, concentrando-se principalmente de outubro a maio. O aumento recente nos casos do sorotipo DenV2 é motivo de preocupação, pois esse vírus é mais agressivo, podendo causar sinais graves de forma rápida, inclusive em pessoas que já tiveram dengue anteriormente.

Quem já teve dengue, trata como um dos piores momento da vida

Mauro Rodrigues, morador de Águas Claras, relata como eram os dias após contrair o vírus

“Os meus sintomas foram dores no corpo, febre alta, dor de cabeça e grande indisposição. Esses sintomas me fizeram ficar acamado durante 10 dias. Nesse período, até tarefas muito simples como ir ao o banheiro, tomar banho ou até mesmo se alimentar se tornam muito difíceis devido a essas grandes dores que são incessantes. Eu diria que dentre todas as doenças que contraí ao longo da minha vida, a dengue foi a pior de todas e a mais sofrida.”

Ações por parte dos órgãos da saúde

A SES-DF está mobilizada com mais de 28 veículos para aplicação de inseticida (“fumacê”) e cerca de 700 servidores dedicados à visitação de imóveis, combate a larvas e ações educativas. Essas ações estão alinhadas com o Plano de Enfrentamento da Dengue para o período de 2024 a 2027.

Além das ações locais, o Ministério da Saúde (MS) planeja instalar a Sala Nacional de Arboviroses, um espaço permanente de monitoramento em tempo real da incidência dessas doenças em todo o país. Desse modo, o Ministério também lançou o Painel Público de Monitoramento de Arboviroses, uma ferramenta que fornece dados em tempo real sobre casos prováveis, óbitos e outras estatísticas relacionadas à dengue, zika e chikungunya.

A população deve estar atenta aos sintomas da dengue, que incluem febre, manchas vermelhas no corpo, dor abdominal e vômito persistente, acompanhados de sangramento. A prevenção continua sendo fundamental, com práticas como a limpeza dos quintais para evitar água parada, recebendo agentes de saúde para vistorias e adotando medidas específicas.

Medidas preventivas
  • Retire galhos e folhas das calhas
  • Faça a manutenção de piscinas
  • Guarde pneus em locais cobertos
  • Mantenha lajes sempre limpas
  • Tampe tonéis e caixas d’água
  • Guarde garrafas com a boca virada para baixo
  • Preencha pratinhos de plantas com areia e lave-os semanalmente
  • Mantenha os ralos sempre limpos e com telas de proteção
  • Estique bem as lonas de proteção para evitar acúmulo de água
  • Feche bem os sacos de lixo e coloque-os longe do alcance de animais
  • Limpe bandejas de geladeiras e ares-condicionados
  • Cheque se há acúmulo de água em outros objetos

Novidade para 2024!

O Sistema Único de Saúde(SUS) passará a ter uma vacina contra a dengue disponível a partir de 2024. Desse modo, a vacina estará disponível para pessoas entre 4 e 60 anos. O infectologista Álvaro Furtado enfatizou a importância do novo imunizante

“Além disso, o novo imunizante é o único que pode ser administrado para pessoas que nunca tiveram dengue e envolve uma aplicação a menos em relação à vacina que já é aplicada no Brasil.”

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