Construtora de Águas Claras é investigada por fraude milionária

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) investiga uma empresa com sede em Águas Claras, suspeita de fraudes em licitações milionárias. Nesse contexto, a construtora, localizada em uma das principais ruas do bairro, teria participado de um esquema irregular com a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra). Como resultado, a Operação Obra Simulada estima prejuízos iniciais de R$ 10 milhões com pagamentos indevidos.

Diante disso, a PCGO prendeu temporariamente os proprietários da empresa e outros suspeitos no início deste mês. A investigação, por sua vez, apura crimes como peculato, corrupção, fraude em contrato administrativo, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Além disso, os delitos envolvem contratos de reforma e manutenção de 26 prédios públicos em Goiás desde junho de 2023.

Indícios de irregularidades contratuais

As investigações indicam ainda superfaturamento, pagamentos antecipados e falhas na execução dos serviços, o que reforça a suspeita de enriquecimento ilícito da empresa e, consequentemente, o prejuízo aos cofres públicos. Até o momento, a PCGO cumpriu 15 mandados de prisão temporária e 24 de busca e apreensão, além de medidas de quebra de sigilo e bloqueio de bens. O dono da construtora, detido anteriormente, foi liberado sexta-feira (7). No entanto, sua defesa afirma que a prisão foi “abusiva” e destaca que ele se apresentou espontaneamente.

Esquema fraudulento

Além disso, a Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR) descobriu um esquema planejado para manipular processos de contratação e beneficiar empresas e agentes públicos. De acordo com a PCGO, a construtora mantinha relações financeiras suspeitas com outras empresas ligadas a familiares e amigos do sócio. Dessa forma, o dinheiro desviado do governo foi lavado por meio dessas empresas, com saques diretos na “boca do caixa”.

Por fim, a Operação Obra Simulada segue em andamento, e novas medidas judiciais podem ser adotadas contra os envolvidos. Assim, a Justiça deve avaliar os próximos passos da investigação.

Por: Rafaella Iack.

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