Entrevista ao veículo DFÁguasClaras dos Candidatos a Deputado Distrital que moram em Águas Claras e estarão concorrendo as eleição 2018.
As perguntas foram feitas por moradores de Águas Claras através do veiculo DFÁguasClaras
Nome: Ricardo Paz
Partido: Patriota
Número: 51.106
Onde mora: Rua 21 Sul
- Qual a sua proposta para melhoria do trânsito em Águas Claras?
Não existe solução fácil para uma realidade física, resultado de falta de planejamento e ordenamento urbano, além de muita especulação imobiliária. Águas Claras é um exemplo de micro explosão demográfica, com uma população de 150 mil habitantes, incluindo as áreas Vertical, Arniqueiras e Areal. Só para dar uma ideia, a população da parte Vertical cresce a uma taxa entre 9% e 10% ao ano. Hoje temos cerca de 200 prédios habitados e cerca de 230 em construção. Com cerca de 60% dos moradores recebendo 10 salários mínimos (o que, em parte, explica um IDH de 0,96, mesmo nível do Lago Sul), é uma região onde a maioria das pessoas transita de carro, mesmo para ir no supermercado ou padaria a alguns quarteirões. A hora do rush é o momento mais crítico, uma vez que boa parte dos moradores trabalha fora da área. Devem ser ampliadas as alternativas de escoamento e acesso de veículos. O governo atual promete criar novo acesso liberando parte do terreno da residência oficial e do parque de Águas Claras. Ajuda, mas não deverá ser suficiente. Pretendo defender três projetos para melhorar o trânsito. Um é a ampliação da via entre Águas Claras e Arniqueiras, naquele terreno onde estão as linhas de transmissão de energia elétrica. A ideia, que é antiga, é redirecionar essas linhas, liberando um terreno amplo para a construção de uma via de acesso/saída, que permitirá desafogar tanto a Av. Araucárias como a Av. Castanheiras, no horário do rush. Outro projeto que pretendo defender é a concessão de uma linha para um tipo de ônibus especial a circular somente dentro de Águas Claras. A ideia é colocar micro-ônibus, com ar e Wifi, permitindo que uma pessoa ou família de Águas Claras, que mora do lado Sul, ou da Av. Araucárias, por exemplo, possa sair de casa, com conforto e segurança, para ir a um restaurante do lado Norte, da Av. Castanheiras. Ou seja, seria uma linha com passagem um pouco mais cara, pela qualidade dos micro-ônibus, mas que atenderia a necessidade de deslocamentos dentro de Águas Claras, contribuindo para diminuir o fluxo de veículos nos deslocamentos na cidade. Uma ideia de nome para esses micro-ônibus especial é INTERBUS. O INTERBUS seria uma espécie de ônibus “padrão Uber” de serviço. O terceiro projeto tem a ver com os estacionamentos. O poder de compra da cidade explica a grande quantidade de carros, e está cada dia mais difícil estacionar em Águas Claras. Vou propor que os terrenos públicos sejam utilizados como estacionamento livre, e os privados, cujos proprietários não tenha perspectiva de realizar qualquer empreendimento nos próximos 3 anos, pelo menos, teriam redução do IPTU, digamos, se os donos oferecessem serviços de estacionamento rotativo ou arrendassem o espaço a empresas especializadas. Esta é uma ideia que precisará ser bem estudada, pois envolveria renúncia fiscal pelo executivo, havendo necessidade de se propor fontes de receita compensatória, sem o que o projeto seria ilegal. Ainda preciso pensar mais sobre isso.
- Mobilidade urbana é um problema antigo e muito conhecido pelos moradores, o que pretende fazer para melhorar essa questão em Águas Claras?
É preciso haver uma mudança de mentalidade. A ideia das ciclovias, por exemplo, foi boa, mas a gente não percebe uso amplo pela população. Isso, em parte, tem a ver com a característica da cidade. Muitos trabalham fora o dia todo, e quando retornam, de noite, querem o conforto do lar ou da forma de sair de casa. O INTERBUS atenderia a essa realidade, e poderá ajudar na diminuição do uso de veículos nos deslocamentos internos.
- Qual a importância dos parques em Águas Claras e como pretende fazer com que eles sejam ainda mais úteis a população?
Sempre que possível caminho no parque de Águas Claras, com minha esposa, filha e nosso cachorrinho. Mas sempre sinto que o parque é meio “paradão”, ou isolado da vida da cidade. Se eleito, pretendo propor projetos para realização de eventos programados; ou seja, que façam parte do calendário de realizações da Administração de Águas Claras. Parque de cidade não é só para caminhar ou andar de bicicleta. Precisa ter eventos o ano todo. Pequenas maratonas, festa junina da cidade, festival de música ao ar livre, concurso do cachorro mais bonito da cidade, festival de cerveja artesanal… Enfim, diferentes tipos de eventos, que tornem o parque principal de Águas Claras mais dinâmico e um grande ponto de atração dos moradores. Os demais parques precisam ter recursos de ginástica, boa iluminação, bons bancos e calçadas para curtas caminhadas.
- Segurança pública em Águas Claras, qual sua proposta?
Precisamos de uma delegacia de polícia e policiamento inteligente e ostensivo. Absurdo termos um Batalhão Escolar da PM, e não existir uma delegacia na cidade. Tenho ciência de que uma delegacia não irá zerar o problema da violência na cidade, mas ajudaria bastante na repressão aos crimes de rua.
- Águas Claras é carente de transporte público, como pensa em melhorar isso?
Internamente, vou defender a ideia do INTERBUS. Mas pretendo lutar para que mais linhas de ônibus passem por dentro de Águas Claras. Águas Claras tem várias lojas, bares e restaurantes. Tem uma quantidade razoável de pessoas de outras regiões do DF que trabalham nesses estabelecimentos. Não entendo como pode ser antieconômico para as empresas de ônibus ampliarem as linhas por dentro de Águas Claras. É uma questão que pretendo estudar e buscar a melhor solução.
- Qual será seu papel como Deputado Distrital?
Além de debater com meus pares da CLDF e a sociedade, em audiências públicas, sobre os graves problemas do DF, e as possíveis soluções, e elaborar projetos de impacto universal, quer dizer, para toda a população do DF, e de solução de problemas locais, como os problemas que temos em Águas Claras, pretendo atuar de forma firme e intransigente na fiscalização dos atos do governo, seja lá quem for o governador, em especial a gestão orçamentária. A situação orçamentária do GDF é delicada. Me lembro quando o governador Rollemberg se gabava dizendo pagar o funcionalismo público em dia, mas nada dizia de ter metido a mão nos recursos da previdência dos servidores públicos locais para pagar a folha dos ativos. Para o próximo ano, a situação poderá ser ainda mais complicada. O orçamento das despesas do GDF para 2019 é de R$41 bilhões, destes R$24 bilhões serão cobertos pela receita tributária, em tese, e R$17 bilhões virão do Fundo Constitucional, também em tese. Digo isto porque o governo federal está com as contas públicas em estado de calamidade. Nesse cenário, os repasses dos recursos do FCO, essenciais para pagamento dos salários dos policiais, e de parte dos servidores da saúde e educação, poderão sofrer redução ou atrasos, pois o governo federal poderá adotar o regime de caixa para efetua-los. Já vimos isto antes! Portanto, uma das bandeiras que defendo é se buscar o combate aos desperdícios e os cortes, dentro da legalidade, de mordomias e privilégios abusivos na estrutura de poder que atende às autoridades. Vamos pegar a CLDF, onde espero atuar a partir do ano que vem. A despesa com os 24 deputados distritais é de R$65 milhões por ano, incluindo verba de gabinete, salários e benefícios. Um absurdo! Não consigo entender por que a sociedade tem que pagar uma verba de gabinete de R$184 mil por mês para cada deputado distrital, e para que cada parlamentar local precisa de 23 assessores, haja vista a produtividade pífia de nossa casa de leis. Os gabinetes não têm nem espaço para tantos assessores. Eu fiz uns cálculos, e pretendo propor reduzir a verba de gabinete para R$47 mil por mês, o que ainda acho muito, e reduzir o número de assessores para 7. Também proporei a redução do salário dos distritais, dos atuais R$25 mil para algo em torno de R$13 mil. Tem gente que diz que sou maluco, que isto nunca vai acontecer. Mas, como maluco? Na Suécia deputado estadual, no nosso caso, distrital, não ganha salário. Parlamentar lá só recebe salários a partir do cargo de deputado federal. O que faz de nossos políticos melhores que os suecos? Muito provavelmente serei voto vencido, mas é o que me comprometo a fazer. No total, estimo uma redução de R$43 milhões na despesa/ano só com a CLDF. Essa economia poderia ser aplicada na recuperação de escolas ou unidades de saúde que estão sucateadas por falta de manutenção, para citar um exemplo. É preciso haver uma mudança de mentalidade na classe política, em todos os níveis da federação. Nossos políticos vivem como verdadeiros príncipes, usufruindo das benesses do poder, enquanto boa parte da população sofre com desemprego, renda achatada e serviços públicos precários. Como transformar o Brasil de um país medíocre terceiro-mundista em uma grande nação, de cidadãos educados, sadios e prósperos. Nunca esqueço uma frase de Adam Smith que aprendi no meu curso de economia: “a riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo e não dos seus príncipes”. Vivemos num Brasil de meia dúzia de príncipes ricos, ou milionários, e uma grande massa de pobres ou trabalhadores em estado de sobrevivência.
- Ha quanto tempo está na cidade e por morar em Águas Claras você pretende olhar com atenção prioritária para cá?
Vivo em Brasília desde 1986, portanto 32 anos. Moro em Águas Claras há 13 anos. Além dos problemas da superpopulação e limitações físicas da cidade, considero prioridade a questão da segurança, a implantação de um posto de saúde, como passo inicial para um futuro hospital público, e a implantação de uma escola pública, que venha a ser modelo de escola pública para o DF. Digo a você que uma escola pública de qualidade faz sentido aqui. De 2014 a 2017, 43 mil crianças do DF migraram de escolas particulares para públicas. Isso quer dizer que as famílias, mesmo as de classe média, estão com dificuldades para pagar as altas mensalidades das escolas particulares. Portanto, eu acredito que exista uma demanda em potencial por escolas públicas em Águas Claras.
- O que de fato você já fez por Águas Claras?
Como político nada, pois nunca fiz política partidária antes. Sou um pequeno empresário, atuando na área de recursos humanos, com consultorias, recrutamento e seleção de profissionais e agenciamento de mão de obra. Ao longo dos anos 90, fiz o que chamo de política setorial, pois atuei na Federação das Indústrias de Brasília (FIBRA), quando tive cargo de diretor do SINFOR (Sindicato da Indústria da Informação). Portanto, não contribuí para Águas Claras diretamente, mas ações da FIBRA/SINFOR eram abrangentes a todo o DF. Entrando na política partidária, e como representante da cidade, terei a oportunidade de contribuir para a solução dos problemas de nossa “pequena metrópole”.
- Ingressando na Câmara Distrital qual será seu primeiro compromisso por Águas Claras? Qual será a prioridade máxima?
Segurança e saúde. A implantação de uma delegacia de polícia e de um posto de saúde completo. Tenho conhecidos que já foram assaltados na cidade, e as estórias são traumáticas. E outo dia levei minha filha para vacinar contra sarampo no posto de vacinação, que alguns chamam de posto de saúde, em frente ao Sigma. Não se pode chamar aquilo de posto de saúde, dada a precariedade da estrutura, adaptação de um antigo posto policial. O local estava abarrotado de gente, passando um calor terrível, sem lugar suficiente para todos se sentarem. Um absurdo vivermos numa cidade com 150 mil habitantes, fora os não habitantes que flutuam aqui dentro diariamente, e não termos sequer um posto de saúde decentemente estruturado.
- Por que devo votar em você?
Faço parte da corrente da inovação. Pertenço a um partido (Patriota) que tem grandes princípios, pois defende os bons costumes na sociedade, os valores de família, a vida (somos 100% contra o aborto, por opção), a defesa das crianças e adolescentes contra violência e abusos sexuais, o combate intransigente à descriminalização das drogas e defesa nacional e da democracia, assim como da iniciativa privada e direito à propriedade. Tenho formação compatível com a responsabilidade do cargo, tendo concluído meu curso de economia em 1986 na Universidade de Notre Dame, nos Estados Unidos (a mesma onde o Juiz Sérgio Moro recebeu um prêmio, este ano, pela sua atuação na Lava Jato), e uma experiência de mais de 20 anos como empresário. Acredito que minha formação e experiências profissionais sejam ingredientes fortes para eu levar ao ambiente de administração pública uma postura diferenciada em gestão, controles, elaboração de projetos e fiscalização, contribuindo por uma maior produtividade na administração pública e realizações para a sociedade do Distrito Federal.
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