“Eu estava no Shopping de Águas Claras e comprei para o Dudu um balão de gás em um floricultura. Fomos almoçar e, de repente, o balão explodiu e pegou fogo… Pior que a corda do balão estava amarrada na blusa do Dudu”, escreveu a mãe.
A mãe relatou o incidente no Facebook para alertar sobre os riscos do brinquedo e contou que, quando percebeu as chamas, correu para ajudar o filho. Ela arrebentou o barbante que amarrava o balão às roupas da criança e uma funcionária conseguiu apagar o fogo com um extintor de incêndio. O brinquedo estava atado à roupa do menino. Ele não se machucou, graças a ação rápida da mãe e da funcionária do restaurante em que a família almoçava na hora da explosão.

Brinquedo perigoso

Segundo o professor de risco químico da Universidade de Brasília (UnB) Celso Cavalcanti, a suspeita é de que o gás no balão estava contaminado.”Um balão inflado com gás hélio tem risco zero de explodir e criar chamas”, explicou. Segundo Cavalcanti, o brinquedo poderia conter gás hidrogênio ou gás de cozinha. Ambos fariam o balão flutuar e chegam a ser 20 vezes mais baratos no mercado. “O problema é que são altamente perigosos”, disse.

O especialista alerta para o risco de usar gases inflamáveis em brinquedos. Assim como o gás de cozinha, o hidrogênio, em contato com faísca ou fonte de calor, pode produzir chamas altas e até ferir a criança. Os pais devem ficar atentos à procedência do balão.

No depoimento, a mãe da criança levantou essa hipótese. “Eu pensei que esses balões vendidos nos shoppings eram mais seguros, mas me enganei… Foram enchidos com outro gás sem ser o gás hélio, um mais barato e inflamável!”, ela reclamou.

Balões recolhidos

Graça Araújo, proprietária da floricultura que vendeu o balão à mãe da criança, garantiu, no entanto, que o fornecedor usa gás hélio para inflar os balões. “Mesmo assim recolhi os balões da loja por precaução e não vou mais vender”, afirmou ao portal G1.
A recomendação do Inmetro é adquirir apenas produtos em mercado formal, ou seja, que emitem nota fiscal e que contenham o selo de identifiação da conformidade na embalagem. Esse selo evidencia que o produto foi submetido a ensaios do instituto.
“Todos os acidentes de consumo, tais como esse, devem ser relatados ao Inmetro, que mantém o Sistema Inmetro de monitoramento de acidente de consumo (Sinmac)”, diz o instituto em nota. O sistema ajuda o Inmetro a definir ações para reduzir acidentes com produtos e serviços.
A assessoria do Águas Claras Shopping  disse nesta segunda que não soube do ocorrido do dia anterior. O comunicado diz: “Até o presente momento, não identificamos nenhuma ocorrência a respeito. Não recebemos nenhum registro”.
O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) informou que, para ser comercializado no Brasil, balões metalizados ou de latex devem constar advertências sobre o uso e os riscos do brinquedo.

Fonte:G1

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