Sabemos que o autismo não coloca uma criança no grupo de risco para o Coronavírus, porém, esses dias de quarentena podem exigir alguns cuidados especiais com os pequenos.
Encerrando o mês de julho, recebo Mylena Alves, acadêmica do oitavo semestre de fonoaudiologia, mais uma convidada especial para a coluna Café com Saúde.
Acompanhe, deixe suas dúvidas ou depoimentos nos comentários! Participe!
Nádia: Vamos começar essa entrevista, explicando para os nossos leitores: O que é o Autismo?
Mylena: “O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento caracterizado por déficits na interação social e na comunicação. Com presença de comportamentos e interesse restritos e repetitivos que são tipicamente detectáveis na primeira infância.”
Nádia: Como as mudanças de rotina podem afetar a criança ou adolescente com autismo?
Mylena: “Crianças e adolescentes com autismo gostam e precisam de uma rotina. É um elemento que acalma e organiza o indivíduo com TEA. Essa alteração de rotina pode causar muito estresse para qualquer um. Então, para as famílias com crianças e adolescentes autistas somam-se ainda mais outras preocupações que podem gerar alterações comportamentais como: irritabilidade, impaciência e agressividade.”
Nádia: Como os pais ou responsáveis podem aproveitar esse tempo e ajudá-los?
Mylena: “Mediante o cenário atual é necessário uma adaptação para a nova rotina de atividades em casa. As atividades desenvolvidas podem incluir: O reconto de histórias, que possibilita um enriquecimento da linguagem e estimulação da imaginação, além de estimular o gosto pela oralidade, pronuncia correta das palavras e melhora na comunicação.
Com isso, os momentos de interação em família são muito importantes, pois o contato que a criança tem com a linguagem é através do outro e durante os momentos de lazer, nomeie ações, objetos, cores e formas.”
Nádia: Essas atividades em casa podem ajudar no desenvolvimento das crianças?
Mylena: “Com certeza! Isso é essencial. Pois envolve a imitação, resolução de problemas por combinação mental de ações e imagens mentais. Contudo, as famílias podem explorar os cantos da casa de várias formas, como por exemplo: Uma sala de estar pode-se tornar um cinema, ou um teatro de bonecos de meia.”
Mylena ainda acrescenta: “Fique atento! Reconhecer e envolver a família no processo terapêutico é essencial para o melhor desenvolvimento das nossas crianças pois, os pais aprendem mais sobre a dificuldade da criança e reproduz o que foi aprendido em terapia em casa. Além de ser um momento prazeroso de interação entre pais e filhos.”
E é isso mesmo! È preciso ter esses momentos de interação com as crianças.
Falar sobre esse tema nos daria inúmeras colunas, pois é fascinante poder falar sobre o comportamento humano, principalmente envolvendo o universo infantil que é tão delicado e precisa ser tratado com muito amor para o bom desenvolvimento de qualquer criança ou adolescente.
E você, quer saber mais sobre esse mundo e conhecer mais um pouco sobre o trabalho do Fonoaudiologo?
Acompanhe o trabalho de Mylena Alves! Ela é Acadêmica de Fonoaudiologia do 8º semestre e assistente Terapêutica Modelo Denver de Intervenção precoce em crianças com autismo.
Instagram: @fonomylenaalvez
Eu sou Enf. Prof. Nádia Teixeira, e temos um encontro marcado toda quinta-feira aqui, na coluna Café com Saúde!
Instagram: prof.nadia_cst
COMECE O SEU DIA COM MAIS SAÚDE E INFORMAÇÃO!
Uau ótima matéria!!!!
Essa fono simplesmente sensacional
Muito importante essas dicas! A Mylena é uma profissional incrível ❤️❤️