O início do racionamento de água no Distrito Federal veio acompanhado de uma corrida às lojas de material de construção e equipamentos hidráulicos.
Desde que a Companhia de Saneamento Ambiental (Caesb) anunciou o rodízio para as regiões abastecidas pelo Rio Descoberto, proprietários de casas que não tinham caixas d’água procuram o produto para a compra. Alguns que tinham a reserva resolveram aumentar a capacidade de estoque e engrossaram as filas nas lojas. Baldes, tonéis e latões também se tornaram objetos bem cotados no mercado da crise hídrica. O resultado foi a falta de mercadorias nas prateleiras e aumento de preços. A Caesb e a Agência Reguladora de Águas do DF (Adasa) reiteram o pedido de armazenar somente o necessário e da maneira correta para manter a eficiência do racionamento.
Em Ceilândia, a reportagem fez um levantamento dos preços praticados antes e depois do anúncio do racionamento. Um exemplar de 500 litros custava R$ 140. Desde sábado, devido à procura de consumidores, o valor chegou a R$ 190 — 35% a mais. No Recanto das Emas, o incremento foi ainda mais expressivo e o preço chegou a R$ 250 — alta de 78,5%. Somente no sábado, uma loja da Quadra 25 de Ceilândia Oeste vendeu o estoque completo do reservatório: cem peças. Na manhã de ontem, o mesmo estabelecimento anotou 25 encomendas para quando a reposição do produto chegar.
Fonte: CB
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