180

” Assim é a Vida”

“Assim é a vida” (Le Sens de la Fête) Apesar do enorme sucesso de “Intocáveis”, a dupla de diretores Olivier Nakache e Éric Toledano continua rodando seus filmes como se o sucesso fosse parte de mais um dia feliz no trabalho. O novo filme da dupla é uma comédia gostosa cheia de situações que poderiam acontecer com qualquer um de nós no dia a dia. A história gira em torno de um grupo de pessoas responsáveis pela organização de uma grande festa de

“EM BUSCA DE FELLINI”

  Federico Fellini é um cineasta que está na ponta da língua dos cinéfilos. Seu trabalho, ao mesmo tempo instigante e poético, não é dos mais simples e, para o espectador comum, pode até passar por chato. Mas não desista! Fellini conseguiu misturar a maluquice dos sonhos com a realidade de forma ímpar, e quando a gente entende a linguagem proposta pelo diretor, passa a admirar e se surpreender com sua obra.Grandes diretores contemporâneos já declararam referências e reverências à

“EXTRAORDINÁRIO”

“Extraordinário” Em tempos de tanta intolerância explícita, “Extraordinário” é um filme que chega para conversar com todos. E toca no coração de quem acompanha a história de August Pullman, uma criança que, devido a problemas genéticos, nasceu com o rosto desfigurado e passou por mais de vinte e cinco cirurgias para reconstrução facial. E mesmo assim ainda chama atenção pela aparência fora dos padrões de beleza considerados normais. Só que August tem sorte. Uma família amorosa, comprometida e que aposta na convivência

“ASSASSINATO NO EXPRESSO ORIENTE”

Sou da geração que lia os clássicos da literatura. Li toda a obra de Monteiro Lobato, Sherlock Holmes, Tom Sawyer e claro, Agatha Christie. A escritora inglesa, aliás, teve grande parte de sua obra transformada em filme. “Assassinato no Expresso Oriente” já está na sua terceira edição nas telonas. A primeira versão é de 1974, a segunda de 2001 e hoje vi a mais nova versão desse clássico da literatura mundial. A autora é um dos grandes nomes da literatura inglesa e fez

“DEPOIS DAQUELA MONTANHA”

Em 1972 um avião chileno caiu na Cordilheira dos Andes e nunca mais foi encontrado. Os sobreviventes do acidente enfrentaram temperaturas baixíssimas, falta de comida, água, calor e esperança até tomarem a decisão de sair andando em busca de socorro. Dois deles caminharam dez dias em condições desumanas para, enfim, encontrar a ajuda que resultou no resgate de todos. Há um documentário sobre essa tragédia disponível no Netflix  chamado “A Sociedade da Neve”. Já o filme “Depois daquela montanha”, baseado no livro

“O FORMIDÁVEL”

“O Formidável” Jean Luc Godard está vivo e mora em Paris. Aos 87 anos, o diretor ainda é lembrado quando o assunto é a importância do cinema no século XX, especialmente quando falamos de Nouvelle Vague, quando diretores do cinema francês ganharam destaque mundial por seus trabalhos realistas e cheios de críticas à sociedade e suas perplexidades.  Chato para alguns, difícil para outros, vanguardista, provocador, talentoso e instigante. Esse é o cinema de Godard, nome comum nas rodinhas de gente apaixonada

BLADE RUNNER 2049

Não acho fácil escrever sobre um filme cuja história esteja além da realidade que eu vivo. Os filmes classificados “ficção científica” sempre me desafiaram em vários sentidos. Um deles, e talvez o principal, seja entender e acolher um enredo que admita tantas possibilidades que me surpreendem e confundem. Quando vi “Blade Runner”, a versão de 1982 dirigida por Ridley Scott, era uma jovem apaixonada por cinema e com pouco entendimento da estética cinematográfica e da proposta futurista que ali se apresentava.

“O MELHOR PROFESSOR DA MINHA VIDA”

Que o cinema francês se destaca no mercado mundial de filmes não é novidade. Sabemos disso. Mas ultimamente tenho notado que antes direcionado à um público, digamos assim, mais refinado, os franceses tem se dedicado a um cinema mais comercial e menos exigente do ponto de vista artístico. Não que isso seja um problema, mas se formos comparar com aos filmes da Nouvelle Vague, por exemplo, o cinema francês descobriu que pode fazer dinheiro além de prêmios. Apesar dessa mudança de

“MÃE!”

“Mãe!” Não foi fácil escrever sobre esse filme. Tive que digerir toda informação antes e botar as idéias em ordem para, mesmo assim, tentar falar sobre o último trabalho de Darren Aronofsky ( diretor de “Requiem para um sonho” e “Cisne Negro”, entre outros, e que também assina o roteiro). Sem querer dar spolier, o filme foi classificado como terror. Mas eu diria que está mais para terror psicológico. Jeniffer Lawrence é uma mulher jovem e casada com um homem bem mais velho

“COMO NOSSOS PAIS”

“Como nossos pais”   Lais Bodansky é uma diretora que eu gosto muito. Desde que vi “Bicho de sete cabeças” e “Chega de saudade”, fiquei de olho no trabalho dessa paulistana. E não me decepcionei com o novo filme “Como nossos pais”, um drama familiar feminino, com algumas e poucas ressalvas. O trabalho de Lais, em parceria com o marido e roteirista Luiz Bolognesi, procura abrir um diálogo sobre o papel da mulher na sociedade. Aqui Rosa (Maria Ribeiro, tentando ser o menos