Com intuito de buscar maiores informações para o combate do coronavírus nos condomínios…
Saiba como cercar suas áreas comuns de cuidados contra o vírus que está preocupando o mundo inteiro
“Lava uma mão, lava a outra, lava uma mão, lava a outra…”
O coronavírus é inimigo das mãos bem lavadas, principalmente.
Até segunda-feira, 2 de março, temos dois casos de coronavírus confirmados no Brasil: os dois no estado de São Paulo, de homens que estiveram na Itália e outros 252 casos suspeitos sendo monitorados pelo Ministério da Saúde.
não há razão para pânico, por enquanto.
O que causou desconforto para muita gente – principalmente para quem mora em prédio e divide áreas comuns como elevadores, por exemplo – foi a chamada quarentena domiciliar, que é o protocolo seguido pelos dois infectados pelo Covid-19, o nome oficial do coronavírus.
“Os vizinhos devem entender que, se a pessoa está em casa, é porque ela não precisa de cuidados hospitalares, mas está sendo acompanhada”, explica o médico infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Jacyr Pasternak.
Esse também é o entendimento do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH), do Grupo Santa Joana: “Estar em casa, com ambiente arejado e em ‘isolamento’ é a indicação dos infectologistas para os casos que não apresentam critérios de internação. Pessoas que não têm contato prolongado com a pessoa infectada, têm menor risco de adquirirem a doença.”
A privacidade do doente
Não há, hoje, nenhum dispositivo legal que obrigue quem está infectado pelo vírus a avisar seus vizinhos. “É uma forma de realmente proteger a privacidade de quem está doente”, explica o advogado especializado em condomínios Marcio Spimpolo.
Na quarentena domiciliar, a pessoa fica 14 dias em casa, sendo monitorada à distância. Caso apresente alguma alteração no seu quadro, deve ir ao hospital e estar sempre em contato com seus médicos.
quem puder e se sentir à vontade, para informar ao síndico. É só uma forma de ajudar o condomínio a manter as áreas comuns mais seguras”, aponta o síndico profissional Nilton Savieto.
Com essa informação em mãos, o síndico pode avisar sobre uma pessoa doente no condomínio, mas não a sua identidade. Ele deve apenas tomar todas as precauções necessárias de higienização e limpeza do condomínio para evitar que o vírus se espalhe.
“O que sabemos sobre o Covid-19 ainda é muito novo. Os estudos que temos até o momento descrevem uma permanência do vírus de até nove dias. Isto é, caso não seja removido através de limpeza. Por isso, o importante é intensificar as medidas de higiene e limpeza dos locais com grande circulação de pessoas”, aponta o SCIH, do Grupo Santa Joana.
A limpeza desses locais pode ser feita com álcool, alvejante, ou produtos com hipoclorito de sódio. O SCIH esclarece ainda que, após qualquer caso confirmado, a vigilância Epidemiológica de São Paulo entrará em contato e fornecerá as orientações pertinentes aos contatos próximos.
O que o condomínio deve fazer
Muitas administradoras já informaram seus clientes acerca dos cuidados a serem tomados. “Elaboramos um material baseado em uma circular do Hospital Israelita Albert Einstein e o enviamos para os clientesque solicitaram informações”, explica a gerente de marketing da administradora Lello, Angélica Arbex.
A Lar.app elaborou um vídeo com as informações básicas para os seus clientes. “Não precisa haver polêmica entre os moradores. Em um momento como esse, a convivência deve ser preservada”, pondera Tatiana Vecchi, responsável pelo marketing da administradora Lar.app.
Os próprios síndicos podem tomar medidas simples:
- cartazes de comunicação para os moradores
- oferecer um dispênser com álcool em gel perto dos elevadores em andares como garagens e térreo
- conversar com os colaboradores sobre medidas de higiene
“Reforçar sobre a importância das mãos bem lavadas, por exemplo, já ajuda bastante. Não só contra o coronavírus, mas diversos tipos de doenças”, assinala o síndico profissional Nilton Savieto.
Manter sempre sabão e papel em todos os banheiros também é fundamental.
Fonte: Sindiconet.com.br
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