Autoridades policiais investigam supostos “crimes de milícia privada”
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) realizou na manhã de domingo (21/6) uma operação para cumprir um mandado de busca e apreensão em um dos pontos de apoio dos grupos de extrema direita conhecidos como “300 do Brasil”, “Patriotas” e “QG Rural”. A polícia investiga a prática de supostos crimes de milícia privada, ameaças e porte de armas cometidos pelo grupo que apoia o presidente Jair Bolsonaro.
Cerca de 30 policiais da Coordenação Especial de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Cecor) participaram da operação. O alvo foi uma chácara na região de Arniqueiras em Águas Claras, no Distrito Federal, com duas casas, onde também havia barracas instaladas.
A polícia informou que o imóvel contava com câmeras de segurança que cobriam toda a sua extensão. No local foram apreendidos fogos de artifício, vários manuscritos com planejamento de ações e discursos, cartazes, aparelhos de telefone celular, um facão, um cofre e outros materiais destinados a manifestações.
Membros:
Em grupo de WhatsApp, o produtor gaúcho Juarez Petry fez um relato sobre a operação policial no acampamento:
“Enfim, nós não temos nada a esconder…Nós somos trabalhadores, produtores…no Rio Grande do Sul. Estamos aqui num momento patriótico, pela nossa pátria, pela nossa família, pelos nossos filhos, pelos nossos netos, pelo nosso país e fortalecendo a posição do presidente Bolsonaro. Se tem alguma irregularidade neste país, não está no povo, na população produtora. Deve estar nos altos escalões da República, que precisam terminar de fazer a faxina que se impõe.”
Juarez Petry, que chegou a ser levado à polícia para prestar depoimento e logo depois foi liberado, concluiu o relato mostrando disposição para continuar no movimento em apoio a Bolsonaro: “Estamos preparados para enfrentar o que for preciso pela nossa pátria, pela manutenção da democracia no país”.
No Twitter
O analista Leandro Ruschel, comentou o caso no perfil do Twitter dele:
“Polícia fez busca e apreensão em QG do “300” e achou “provas do crime”:
Um cartaz “Armas para o cidadão de bem”, e outro que pede o fim da ditadura dos políticos profissionais.
Além disso, uma perigosa faca de pão, fogos de artifício e bandeiras do Brasil.“, tuitou.
Informações : TL e Agro em Dia
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