Entenda toda confusão que aconteceu no lava jato em Águas Claras
Na manhã da última sexta-feira (21/1), um proprietário de um lava jato denunciou a ação de policiais militares e agentes do DF Legal no estabelecimento localizado na quadra 204, de Águas Claras, por volta das 9h. Por um lado, o dono do lava jato relata mais um episódio de violência policial sofrido, enquanto a PMDF e DF Legal afirmam que houve impedição para atuação e, posteriormente, resistência à abordagem. O DFÁguasClaras apurou e foi atrás do que de fato aconteceu na manhã de sexta-feira.
Em imagens cedidas ao DFÁguasClaras, mostram que moradores de condomínios ao lado do local pediam para que a ação de violência não se alastrasse. Em contato com o DFÁguasClaras, Gabriel – dono do estabelecimento -, afirmou que não foi a primeira vez que lhe aconteceu uma situação de violência policial, e que os policiais jogaram spray de pimenta nele e nos funcionários. “Eles colocaram o joelho no meu corpo, eu estava sem ar. O tempo todo, perguntava por que estava sendo preso, mas eles não respondiam. Eu pedia socorro e dizia que estava com as chaves dos clientes no bolso”, disse.
Segundo Gabriel, os policiais e o DF Legal relataram que o estabelecimento agir na região, e que precisava de uma autorização da Administração Regional de Águas Claras. Mesmo sem aval da R.A para atuar no local, Gabriel pontuou que não necessitava tamanha truculência por parte dos policiais. “É muito humilhante. O tempo todo, eles ficaram me chamando de ‘vagabundo’. Perdi todas as minhas coisas e tenho uma família para sustentar”, disse. “Agora, estou com medo de voltar a trabalhar, de ver uma viatura e de eles fazerem alguma coisa comigo. (Essa) é uma forma de me oprimir e me humilhar. Em 2021, aconteceu isso umas duas vezes. Eles sempre fazem isso. E eu tenho uma família. Moro com minha mãe, (minhas) irmãs e com minha avó, que é cega e tem 93 anos”, concluiu.
O que diz as partes envolvidas
De acordo com a Polícia Militar, afirmou que a ação foi necessária, porque o dono do estabelecimento da Quadra 204 “procurou impedir a atuação dos agentes do DF Legal”, diz a nota. Gabriel foi detido e conduzido para a 21ª DP de Taguatinga, sendo liberado por volta das 16h. Segundo os policiais, Gabriel havia reagido com resistência à abordagem e, por isso, foi necessário o uso moderado da força para condução.
Em resposta, o DF Legal afirmou que fez a operação no lava-jato na sexta-feira, e que o local funciona irregularmente em área pública. De acordo com a agentes, Gabriel “se insurgiu com violência contra os fiscais, agredindo e tentando impedir a ação e, por isso, houve a necessidade de utilização de spray de pimenta”. Ainda na resposta, o DF Legal anexou imagens de mordidas que Gabriel teria feito contra os agentes fiscais.
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