O suspeito usava as redes sociais para ostentar armas, brasões da PF, roupas táticas e até fotos do ministro da Justiça, Sérgio Moro
Um homem foi preso por extorsão em Águas Claras nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (1º/2). Ele fingia ser delegado da Polícia Federal para extorquir pessoas que respondiam a processos criminais. O suspeito usava as redes sociais para ostentar armas, brasões da PF, roupas táticas e até fotos do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
A operação, comandada por investigadores da 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), foi batizada como “Charlie, Oscar, Tango”, em alusão ao Comando de Operações Táticas (COT) – unidade de elite da Polícia Federal. O suspeito se passava por integrante da unidade especial.
Segundo a PCDF, André Luís Alves da Fonseca, 46 anos, oferecia a possibilidade de “acabar” com o inquérito policial mediante pagamento de grandes quantias. Levadas para um escritório de advocacia – que também está sob investigação –, as vítimas eram convencidas pelo criminoso e um comparsa a pagarem até R$ 30 mil para se livrarem dos inquéritos.
Em um dos casos, um homem entregou um veículo e a quantia de R$ 30 mil. A vítima era um ex-detento do sistema penitenciário do DF que respondia a um processo criminal por tráfico de drogas. “Ele passava uma certa segurança para as vítimas, pois acessava tanto o departamento da PF quanto o da Polícia Especializada da PCDF por entradas privativas”, explicou o delegado adjunto da 1ª DP, João de Ataliba.
Policiais civis cumpriram o mandado de prisão preventiva do suspeito e uma série de objetos foi apreendida.
Os moradores do prédio onde o suspeito mora procuraram o Metrópoles para denunciar que ele costumava ameaçar porteiros e condôminos se passando por delegado da PF.
“Ele também andava em um carro dizendo que era viatura, mas não era. Além disso, se aproveitava de fato de supostamente ser uma autoridade para estacionar em vaga de idoso”, disse um morador que preferiu não se identificar.
Fonte: Metrópoles
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