Homem agride mulher no trânsito de Águas Claras
Neste sábado (23), uma mulher foi agredida por um homem no trânsito em Águas Claras. A vítima postou o relato em suas redes sociais e contou que, ao estacionar para seguir seu destino, o agressor fez um gesto ofensivo e ela respondeu, sem hesitar ele desceu do veículo e a atacou fisicamente, no vídeo postado pela vítima Leticia Cardoso, é possível ver o agressor a golpeando.
Relato da vítima
A vítima foi a delegacia fazer o boletim de ocorrência e ao IML para realizar corpo de delito. Ela conta que teve ferimentos nos joelhos, na boca e no pescoço. Esse caso aconteceu em plena luz do dia, próximo a Faculdade Uniplan. As pessoas que estavam no local o gravaram e gritaram para que ele soltasse a jovem, o agressor agiu como se nada tivesse acontecido e foi embora tranquilamente.
”Estou compartilhando meu relato e a imagem desse homem para que todos fiquem atentos. Violência assim não pode ser tolerada, e não podemos nos calar” ( disse a vítima nas suas redes sociais)
Violência contra a mulher
A cada 24 horas, oito mulheres são vitimas de agressão no Brasil. Infelizmente, quando o assunto é proteção a mulher, nosso sistema deixa a desejar, seja pelo descumprimento da lei que determina o funcionamento 24 horas das delegacias de mulher, pela falta de capacitação de agentes na condução, entre outros fatores. É revoltante ver casos como esse acontecendo de uma forma tão natural, o agressor se sente a vontade cometendo um crime a luz do dia, sem medo das consequências. O que leva os homens a usufruirem de tamanha agressividade sem medo de punição? Quem protege as mulheres em casos como esse?
O enfrentamento às inúmeras formas de violência contra as mulheres é uma importante demanda no que diz respeito a condições mais dignas e justas para as mulheres. Acima de tudo a mulher deve possuir o direito de não sofrer agressões no espaço público ou privado, a ser respeitada em suas especificidades e a ter garantia de acesso aos serviços da rede de enfrentamento à violência contra a mulher, quando passar por situação em que sofreu algum tipo de agressão, seja ela física, moral, psicológica ou verbal. É triste noticiar casos como esse em pleno 2024, mais triste ainda é ter que exigir algo que deveria ser para todos: o respeito.
Leticia, é mais uma vítima de uma questão que assola nossa sociedade há séculos, o mundo se moderniza a cada ano, e por mais que o tempo passe a violência contra a mulher continua impregnada nas raízes do Brasil, o que nos faz pensar, será que realmente estamos evoluindo? Ou continuamos parados no tempo?
O que você como cidadão pode fazer para dar voz a essa causa? O que você faria se presenciasse uma cena como essa? Até quando esse estilo de vida patriarcal continuará violentando as mulheres? São questionamentos que devemos fazer diariamente e conversar a respeito
Medidas contra a violência
Agora entrando mais a fundo no problema, sabemos que a violência contra a mulher surge de vários âmbitos, como por exemplo, uma mãe que desde cedo ensina seus filhos que a violência é um meio de exercer controle social, está de mãos dadas com a violência patriarcal. Esse pensamento deve ser alterado. Em uma cultura dominante, a violência é vista como uma forma aceitável de manter o domínio, seja em casa, no trabalho, em um relacionamento, etc…
Quando se fala de violência contra a mulher, é preciso cavar um buraco e entender de que forma isso é enraizado na sociedade e de onde esses pensamentos começam a surgir. Até a metade do século XX não se discutia o sujeito-mulher na história, a escritora e filósofa Simone de Beauvoir, responsável por livros que iniciaram o movimento a favor das mulheres quando ainda não se falava no assunto, traz novos sentidos para o conceito de mulher e violência, ao mesmo tempo que faz o social perceber uma mulher que é educada culturalmente para assumir dadas passividades, mostra a mulher, que é ensinada a assumir papéis de silêncios e uma condição natural que a oprime. Simone de Beauvoir abordou a violência contra a mulher em suas obras, como O Segundo Sexo, e em suas falas, como a frase:
‘‘Ninguém é mais arrogante em relação as mulheres, mais agressivo ou desdenhoso do que o homem que duvida de sua virilidade”.
É necessários entendermos o cerne do problema para conseguirmos tratar ele de dentro pra fora, educar e conscientizar, promover a educação sobre igualdade de gênero desde cedo em escolas, universidades e comunidades. Escutar as mulheres, ler mulheres e apoiá-las. Participar de programas sociais promovidos por organizações de enfrentamento a violência, a implantação de casas-abrigo em situações emergenciais são algumas das formas de dar voz a essa causa tão importante.
Por: Beatriz Martins
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