Como Prever Que Uma Pessoa Se Matará?
Quando uma pessoa não consegue encontrar alternativas para a solução de seus conflitos, ela pode partir em busca de vários meios para fugir da situação, entre as quais pode se utilizar o termo “suicídio”.
Você já percebeu que a cada dia encontramos com maior facilidade pessoas insatisfeitas? Quer seja no trabalho, no relacionamento…
O fato é que o número do suicídio aumenta a cada ano, principalmente entre os jovens.
Fatores que geralmente estão relacionados ao suicídio:
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Drogadição;
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Doenças;
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Experiência com a humilhação e rejeição;
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Fracasso nos estudos e no trabalho;
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Ter sofrido abuso sexual e físico;
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Ausência de apoio social;
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Experiência com discriminação;
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Álcool – o uso abusivo acompanhado de estresse provocado por problemas pessoais;
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Situações estressoras (morte de ente querido, divórcio, traumas);
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Desemprego ou rebaixamento da classe econômica – a queda na situação social aumenta o risco;
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Baixa autoestima;
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Exposição ao suicídio de outras pessoas.
Histórico de suicídio na familia – Se uma pessoa da família cometeu o suicídio, o risco é maior de outro integrante vir a fazer o mesmo (inclusive na mesma data). Se um irmão tentou o suicídio o risco aumenta ainda mais para o ente mais próximo. Ocorre da genética tmbém contribuir para a tentativa de morte.
Fantasiar a morte e o desejo de vingança
As pessoas que pensam em cometer o suicídio têm fantasias do que aconteceria e quais as consequências de sua morte.
No meio disto pode estar presente o desejo de vingança e punição.
O que é sentido é expresso por meio de deixar uma carta explicando os motivos ou culpando alguém.
Quem comete o suicídio muitas vezes não quer morrer
Parece uma incoerência não é mesmo?
Como alguém que se mata não quer morrer?
Muitas pessoas se matam porque querem fugir da situação que não há mais controle.
Então, o suicídio surge como uma única forma de exterminar o problema. Tanto que se a solução ocorresse a pessoa desistiria do ato.
Outros querem morrer mesmo, porque desistiram de tudo.
Há ainda aqueles que gostariam de reencontrar entes queridos que já se foram.
A faixa etária e o suicídio
O suicídio pode ocorrer em adolescentes, adultos, idosos, crianças (há relatos de crianças entre 2 a 5 anos de idade).
Os idosos por sua vez tentam o suicídio com menos frequência do que os mais novos, porém são eles que têm mais êxito em seus propósitos.
Estudos apontam que o idoso tenta o suicídio no momento em que se vê sem nenhum apoio, deprimido e com a saúde abada.
Mas independente da faixa etária os homens são os que mais se matam, enquanto que as mulheres são as que mais tentam.
Os homens praticam de forma mais agressiva e sem reversão como armas de fogo e enforcamento.
As mulheres escolhem outras formas menos severas, na maioria das vezes por meio de overdose de medicamentos.
A saúde e o risco de suicídio
Pesquisas mostram que alguns problemas de saúde aumentam o risco de suicídio como a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), esclerose múltipla, doença cardiovascular, traumatismo craniano, coreia de Huntington, epilepsia, demência, síndrome de Klinefelter, doença de Cushing, e porfiria.
Também transtornos gastrintestinais como úlcera péptica e cirrose. Acrescentado a lista estão os problemas relacionados com a hipertrofia da próstata e doença renal tratada com hemodiálise.
Situações que envolvem problema físico e que nem sempre está ligada a doença também podem contribuir para os suicídios e tentativas, como a perda de mobilidade para aquelas pessoas no qual a atividade física é extremamente importante, desfiguramento de face (especialmente entre as mulheres), e dor crônica intratável.
Aumentando ainda mais o risco de suicídio pode estar dificuldades nos relacionamentos e perda do emprego.
De forma geral as doenças ou situações que provocam alterações de humor têm aumentado o número de suicídios no mundo.
A saúde mental é um fator de risco para a tentativa de suicídio, principalmente para aquelas pessoas que se isolam das demais.
A OMS fez um estudo e relatou os transtornos psicológicos que estão mais associados ao risco de suicídio:
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Psicoses (Transtorno Esquizoafetivo, Transtornos Delirantes e Esquizofrenia);
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Transtornos de humor (Transtorno Bipolar, Depressão Maior, Distimia);
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Demências (Alzheimer, Demência Vascular e Mal de Parkinson);
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Transtorno de personalidade (Borderline, Transtorno de Personalidade Histriônica e Esquiva);
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Transtornos de Ansiedade (Transtorno Obsessivo-Compulsivo, Transtorno de Ansiedade Generalizada e Transtorno de Estresse Pós-Traumático).
Uso de drogas aumenta o risco de suicídio
O exagero no uso de álcool e de drogas também está relacionado ao risco de suicídio, que quando combinado com o sofrimento pessoal podem resultar em ato irreversível.
A contribuição da família para o suicídio
Pesquisas apontam risco para aquelas pessoas que se encontram no meio de famílias desestruturadas, ou que romperam relacionamentos amorosos.
Estado civil – o casamento reforçado pelos filhos parece diminuir o risco de suicídio, ou seja, pessoas solteiras e jamais casadas registram uma taxa maior.
Dá para prever se alguém cometerá o suicídio?
Indivíduos com poucos fatores precipitantes se matam, por outro lado, muitos que vivem com estresse, doença insuperável ou, que tem pouco apoio social de alguma forma sobrevivem e superam dificuldades, por isso prever o suicídio é algo incerto.
Por outro lado, existem comportamentos que costumam se repetir entre aqueles que tentam o suicídio.
Demonstração da intenção suicida
Quem pretende cometer o suicídio expressa; não de forma clara na maioria das vezes, mas dá a entender quais são suas intenções.
Embora a intenção suicida possa ser interpretada por muitos como simples desabafo ou até brincadeira, deve ser olhado com mais cuidado.
A pessoa expressa por meio da fala algo como: “quero sumir” “desejo desaparecer para sempre” “vou embora para nunca mais voltar”;
Falta de esperança
A falta de esperança juntamente com a falta de força para lutar e remediar as crises estão presentes.
Quem comete o suicídio não tem motivação para nada.
Cuidados pessoais
Quem pretende se matar é aquela pessoa que não mais se preocupa consigo.
É bom ficar atento quando perceber uma pessoa que se cuidava passar a ter descaso com a higiene.
Ter um plano de suicídio elaborado
Uma coisa é fantasiar a morte, outra é elaborar o plano, e outra ainda maior é executar.
Por isso quando nos deparamos com este quadro é bom investigar se a intenção ainda está na fantasia ou já passou para o papel.
Contato com a morte no plano visual
Se alguém que não tinha costume de ter contato com filmes, músicas, livros, reportagens sobre a morte, e de uma hora para a outra começa a mostrar interesse é conveniente observar um pouco mais.
Comportamento de risco
Quem pretende se matar não se importa mais com sua sobrevivência.
O descaso consigo mesmo fica claro em comportamentos de risco como não usar camisinha, dirigir em alta velocidade…
Os 3 métodos mais utilizados?
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Armas de fogo;
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Enforcamento;
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Envenenamento.
Poderia ser uma questão mais simples o suicídio se pensássemos que cada um tem o direito de fazer o que se quer com a própria vida, mas não é assim.
O fato é que somos pegos de surpresa principalmente quando se trata de um jovem com tanto a se viver.
Hoje em dia não é raro ver crianças de 10 anos alegando que não aguentam mais viver.
Cada dia nossa sociedade tecnológica se desenvolve e as pessoas ficam mais exigentes, passam a não aproveitar mais o presente.
E o “ter” vai ficando mais importante que o “ser”.
Fonte: https://www.psicorientacao.com/suicidio
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