O Setembro Amarelo é uma campanha mundial que ocorre em todo o mês de setembro, para prevenção de suicídio e no Brasil foi iniciada em 2014 com a ideia de promover eventos que abram espaço para debates sobre suicídio, divulgando o tema e alertando a população sobre a importância de sua discussão. Em Minas Gerais, desde fevereiro de 2017, o Setembro Amarelo foi instituído em Lei Municipal para informar, esclarecer, conscientizar, envolver e mobilizar a sociedade civil sobre um assunto considerado tabu. No Brasil, a campanha é uma iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

Percebam que no Brasil a tentativa de suicídio não é crime, já que o Estado não tem pretensão alguma de aumentar o sofrimento daquele que tentou o suicídio, razão pela qual a tentativa não é considerada crime, pelo Código Penal. Apenada é a conduta prevista em seu art. 122 que pune o induzimento, instigação ou auxílio ao suicídio, condutas que fomentam a idéia do suicídio já existente na mente do outro, implantá-la, quando o sujeito não pensava nisso, ou colaborar materialmente.

Há duas ou três décadas temas como o câncer, a AIDS e demais doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) eram tabus e isso contribuía para que o número de suas vítimas só aumentasse. O esforço coletivo e o engajamento foram essenciais para romper esses tabus. Como? Abordando o assunto, esclarecendo, conscientizando e estimulando a prevenção.

Um problema de saúde pública é o suicídio. Pelos números oficiais, há brasileiros mortos por dia, em razão de suicídios cometidos, em taxa superior às vítimas da AIDS e da maioria dos tipos de câncer. É uma condição silenciosa, já que as pessoas tendem a fugir do assunto e, muitos chegam a não ver os indícios de que alguém próximo está com ideias suicidas.


A esperança é o fato de que, segundo a Organização Mundial da Saúde, 9 em cada 10 casos poderiam ser prevenidos. É necessário a pessoa buscar ajuda e atenção de quem está à sua volta.
A procura por ajuda quando sequer se sabe que pode ser ajudado; e oferecer ajuda a alguém que não sabemos identificar os sinais e muito menos temos familiaridade com a abordagem mais adequada são alguns dos muitos desafios do tema. Uma discussão possível é passar a disseminar o diálogo dentro das famílias, algo que vem se tornando escasso, em virtude das próprias redes sociais, afinal, embora a comunicação esteja mais alargada em aspectos gerais o mesmo não acontece com relação ao trato direto entre as pessoas o que termina por fomentar ideias de exclusão que podem favorecer o surgimento de ideias suicidas em um contexto atual que as pessoas em geral querem pertencer a algo, atingirem ideais estéticos e profissionais muitas vezes tão idealizados e por vezes inalcançáveis.

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