Técnica de enfermagem que trabalhava em Águas Claras é encontrada morta

O corpo da técnica de enfermagem Danyanne da Cunha Januário da Silva, 35 anos, foi encontrado na manhã desta quinta-feira (33/8). A mulher, que trabalhava na Sala de Vacina de Águas Claras, estava desaparecida havia oito dias, desde que saiu de casa, no Riacho Fundo, para cobrar uma dívida de R$ 35 mil um conhecido. 

De acordo com informações da Polícia Civil do Distrito Federal, o encontro entre ela e o conhecido foi marcado em frente a uma loja de materiais de construção, no Riacho Fundo I. Danyanne foi vista pela última vez às 22h30 e, pouco tempo depois, o carro da técnica de enfermagem foi flagrado em um radar na BR-040, por volta de 0h27min, perto de Valparaíso de Goiás.

As investigações, conduzidas pela 29ª Delegacia de Polícia (Riacho Fundo), apontam que a técnica trabalhava com agiotagem, emprestando dinheiro a juros. O corpo dela foi encontrado às 3h40 de hoje, em uma área de matagal no Incra 8, em Brazlândia e, informações preliminares indicam que a vítima foi executada com um tiro na cabeça. Ao que tudo indica, ela teria morrido no mesmo dia que foi cobrar a dívida.

Motivação

Dois suspeitos estão presos, um de 24 e outro de 26 anos. Um deles, identificado como Manoel, 24 anos, confessou o crime, segundo a delegada-chefe da 29a Delegacia de Polícia (Riacho Fundo). O comparsa e também amigo da técnica, chamado Ramon, 26 anos, não admitiu o crime.

Em apuração policial, Ramon, que exerce a profissão de chapeiro, chegava a faturar R$ 30 mil com agiotagem, sendo que Danyanne cobrava 10% dele e, em seguida, o comparsa emprestava para terceiro cobrando 20%. As investigações apontam que a corrente de empréstimo rompeu-se, e ele deixou de receber de várias pessoas, o que teria motivado a cobrança de Danyanne. 

Terceiro envolvido

Para matar a técnica de enfermagem, os dois autores teriam contratado um homem para fazer o “serviço”. Este terceiro indivíduo é conhecido como “Nego”, e é o principal suspeito de ter disparado contra a profissional de saúde. A PCDF chegou ao nome de “Nego” através de Manoel, que confessou o crime.

O veículo da vítima, utilizado por ela na ocasião de seu desaparecido, ainda não foi localizado. As diligências da delegacia prosseguem no intuito de localizar o Hyundai IX 35, cor preta, Os suspeitos foram autuados em flagrante por ocultação de cadáver e serão responsabilizados também por homicídio qualificado e roubo de veículo. Eles foram recolhidos à carceragem da PCDF, onde permanecem à disposição da Justiça.

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