Correligionários de Lula e Bolsonaro se empenham na meta de ‘vira-voto’ em Águas Claras

 

A menos de uma semana para o segundo turno para a Presidência da República, correligionários do ex-presidente Lula (PT) e do presidente Jair Bolsonaro (PL) se empenharam nas ruas de Águas Claras, nesta segunda-feira (24/10), para tentar convencer os moradores que ainda não definiram um candidato, com o objetivo de converter a favor votos, seja para o lado do petista ou do atual mandatário. Em uma eleição polarizada, cada voto conta.

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Corrida eleitoral

A zona eleitoral que abrange Águas Claras tem a maior concentração de eleitores do DF, com 160.658 eleitores aptos a votarem nas eleições de 30 de outubro. Mesmo sendo o maior colégio, Ceilândia, que abrange três zonas eleitorais — além de atender eleitores de Brazlândia — tem o maior eleitorado da capital, com 368.423 votantes, somada os três colégios. 

Em 2018, Bolsonaro conquistou, no primeiro turno, 69.738 votos na zona eleitoral que abrange Águas Claras — 59,45% dos votos. Ciro Gomes ficou com 19,39%, com 22.739 votos. À época, o candidato do PT Fernando Haddad contabilizou 10.025 votos, com 8,55%. Como as eleições presidenciais no país foram entre Bolsonaro e Haddad, ambos foram para o segundo turno. Lá, Bolsonaro somou ainda mais votos em Águas Claras, tendo 79.794 eleitores ao seu lado — 71,66%. Haddad ficou com 31.559 votos, contabilizando 28,34% de eleitores. No DF, Bolsonaro venceu em todas as zonas no pleito passado, seja no primeiro ou segundo turno.

Já em 2022, a distância entre os postulantes, agora com Bolsonaro defendendo à reeleição, foi menor. Apesar de ter vencido no DF, Bolsonaro não ganhou em todas as zonas eleitorais do DF no primeiro turno. Os dados do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) revela que, em Águas Claras, Bolsonaro teve a preferência de 68.833 eleitores, somando 52,17% dos votos. Lula, que ficou de fora do último pleito eleitoral e ganhou apenas na Asa Norte em 2022, contabilizou 46.766 votos — 35,45%. Vale ressaltar que, entre 2018 a 2022, o número de votantes no DF teve um aumento tímido.

Mesmo que o cenário mostre que o presidente Jair Bolsonaro vença em Águas Claras e nas demais regiões administrativas, o QG de Lula no DF, liderado pelo deputado distrital Leandro Grass (PV), que concorreu ao governo do DF contra Ibaneis Rocha (MDB), crê que a distância entre os dois possam diminuir, principalmente por acreditar que os votos de Simone Tebet (MDB) — 105.377 votos — e Ciro Gomes (PDT) — 74.308 votos —, que declararam voto a Lula, possam ser herdados pelo ex-presidente. As pesquisas eleitorais mostram outro campo político. Os correligionários, por isso, decidiram ir às ruas.

 

Foto: Rovena Rosa e Tomaz Silva/Agência Brasil

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